Depressão
A depressão é considerada um problema médico grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudos epidemiológicos, a prevalência da doença ao longo da vida no Brasil é de aproximadamente 15,5%. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a rede de atenção primária diagnostica e atende aproximadamente 10,4% de casos de depressão isolada ou associada a algum transtorno físico.
O que causa a depressão:
Muitas pessoas não sabem como lidar com a depressão e nem ao menos como foram desenvolver a doença ao longo da vida. Porém existem alguns fatores que podem contribuir para que a ansiedade e depressão tenham um estágio mais avançado.
1) Genética:
Estudo realizados com familiares, gêmeos e adotados indicam que existe um componente genético que pode afetar e tornar o indivíduo suscetível a depressão. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade quando há pre-disponibilidade genética.
2) Bioquímica cerebral:
Há evidências de deficiência de substâncias cerebrais, chamadas neurotransmissores. São eles noradrenalinas, serotonina e dopamina e estão diretamente envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor.
3) Eventos vitais:
Eventos altamente estressantes podem desencadear um processo depressivo em pessoas que já tem predisposição genética a desenvolver a doença.
Quais são os fatores de risco:
Existem alguns sinais de depressão que podem desencadear a doença, sendo alguns deles:
- Histórico familiar;
- Transtornos psiquiátricos correlatos;
- Estresse crônico;
- Ansiedade crônica;
- Disfunções hormonais;
- Dependência de álcool ou drogas ilícitas;
- Traumas psicológicos;
- Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, etc.;
- Conflitos conjugais;
- Mudanças bruscas de condições financeiras e desemprego.
Sintomas da depressão:
1) Humor depressivo:
Normalmente este sintoma é caracterizado por uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. As pessoas acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio e o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Costumam fazer uma avaliação negativa de si mesmos e percebem as dificuldades como intransponíveis.
2) Falta de concentração:
Normalmente as pessoas com depressão apresentam retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de memória, de vontade e de iniciativa.
3) Insônia ou sonolência:
A insônia geralmente é intermediária ou terminal e a sonolência acontece em casos em que a depressão é chamada de atípica.
4) Apetite:
O apetite costuma diminuir, podendo acontecer em algumas formas de depressão o aumento do mesmo, principalmente com maior interesse por carboidratos e doces.
5) Redução do interesse sexual:
A depressão costuma diminuir o interesse da pessoa por sexo, fazendo com que ela perca a vontade de se relacionar com seu parceiro.
6) Dores:
É muito comum a presença de sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia e sudorese.
Tratamento para Depressão:
A depressão é uma doença mental de elevada prevalência e é uma das que mais está associada ao suicídio. Ela tende a ser crônica e recorrente, principalmente quando não tratada. Não há como tratar a depressão sem antes passar por um médico que irá realizar todas as avaliações e exames necessários para identificar as causas e o nível dos sintomas.